O conto de duas vidas
O conto de duas vidas

No dia em que o mundo recebeu as notícias do falecimento de uma das mulheres mais ilustres dos anos 80, faleceu outra pessoa, bem menos conhecida mundialmente, mas bem mais consequente para a eternidade.

Nancy Reagan foi uma mulher elegante que trouxe grande decoro e respeito à Casa Branca. Sempre ao lado do seu marido, Presidente Ronald Reagan, ela foi exemplo de amor humano e fidelidade ao seu voto matrimonial “em saúde ou doença, em riqueza ou pobreza, até que a morte os separe”. Ela certamente fez muito bem ao mundo e representa o auge da virtude humana.

Damos graças a Deus por homens e mulheres que corajosamente se levantam em meio a conflitos políticos e conflitos armados para libertar povos oprimidos e melhorar a vida terrestre de multidões. Mas, estes, como o exercício físico, são proveitosos só para um pouco, ao contrário da piedade que “para tudo é proveitosa, porque tem a promessa da vida que agora é e da que há de ser” (1Tm 4.8).

E poucos evidenciaram e promoveram a piedade mais do que Jerry Bridges. Julgando só pelo impacto que seus livros tiveram sobre mim, o bem que ele fez foi quase incalculável e perdurará por toda a eternidade.

Jerry nasceu no início da Grande Depressão americana, um período de extrema pobreza e necessidade. Ele tinha várias deficiências físicas. Quando tinha 10 anos de idade, os EUA entraram na Segunda Guerra Mundial. Com 14 anos, perdeu a mãe. Formou-se em engenharia e serviu a marinha americana na Guerra da Coréia.

Criado por pais cristãos em uma igreja fundamentalista, ele fez 3 “decisões” de salvação, mas só conheceu a Jesus aos 18 anos, depois do seu primeiro ano da faculdade.

Na marinha ele conheceu oficiais ligados a uma organização por nome de Os Navegadores (the Navigators). Os estudos bíblicos promovidos por essa organização transformaram a vida dele. Depois de sair da marinha e trabalhar por alguns anos num emprego secular, ele recebeu um convite para ingressar nos Navegadores e não saiu mais.

Lá ele exerceu diversas funções e, a convite de um colega, escreveu seu primeiro livro em 1978: Em busca da santidade. Foi o primeiro de mais de vinte, e talvez o mais impactante.

Os temas dos livros e das mensagens de Jerry Bridges foram muitos, mas o que mais transformou a minha vida foi a ligação que ele fez entre a busca da santidade e o poder transformador da graça de Deus. Em sua autobiografia, ele destacou 7 lições espirituais que aprendeu através das décadas. A terceira é: A busca da santidade e de uma vida piedosa não vem nem por esforço próprio nem por simplesmente permitir que Cristo viva a vida dele por seu intermédio. Ele explica em outra lição que o evangelho não é só para o descrente, é o poder da vida cristã.

A frase dele que mais me marcou foi: “Precisamos pregar o evangelho a nós mesmos todos os dias”. A EBR teve o privilégio de publicar em português o livro que explica como fazer isso: O poder transformador do evangelho.

A vida terrena deste homem piedoso terminou no anoitecer de um domingo, dia 6 de março de 2016, mas o seu ministério continua. E para celebrar a vida dele, oferecemos, por tempo limitado, O poder transformador do evangelho com 45% de desconto.

Nas palavras de Jim Elliot, um mártir da fé cristã, “Ele não é nenhum tolo, aquele que dá o que não pode preservar para ganhar o que não pode perder”. Que Deus levante outros homens e mulheres para preencher a lacuna que Jerry Bridges deixa para trás.

Mark A. Swedberg
Presidente da EBR

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